A COPA DO MUNDO DE 2014. O DIREITO DO CONSUMIDOR VIOLADO
Quando se fala em futebol, o brasileiro delira! Diz-se que o futebol é a cara do Brasil, leva multidões aos estádios, gera enorme satisfação ao povo. Para os brasileiros, futebol é sinônimo de alegria. No começo, o futebol era diversão apenas da burguesia. A primeira bola de capotão vinda para o Brasil foi trazida por Charles Miller, em 1895.
Antes, a aristocracia dominava as ligas, por consequência, o esporte tinha importância apenas na classe alta. Não é de se estranhar que apenas brancos podiam jogar futebol, no Brasil, já que a maioria dos primeiros clubes fora fundados por europeus, brancos. Somente nos anos 20, do Século passado é que os negros são admitidos nos times. A esse respeito, conta crônica que Pelé teria sido oferecido a um grande time de São Paulo, que o teria recusado por ser de origem negra. Teve o resto da vida para se lamentar... Vale lembrar a vitória do Brasil, no Mundial de 1958, com um time comandado por negros, como: Didi, Pelé, Djalma Santos, Garrincha e negros, que encantaram o mundo com seu futebol. O futebol é esporte praticado de norte a sul do País.
Nesse contexto, não podemos deixar de reconhecer o efeito que esse esporte provoca aos adolescentes, assim evitando tomarem rumos indesejáveis em suas vidas, já que aqueles praticam esse esporte, cedo começam a conhecer o sentido da disciplina: intensos treinamentos, comportamento compatível, respeito às regras, com valoração ao atributo saúde, nutrição, ética, cidadania, valores humanos, amizade, etc., assim evitando o caminhar para as drogas e a violência.
Infelizmente, existem aqueles que nem sempre levam para o futebol apenas a alegria e a emoção. Assim como em qualquer atividade, no futebol há também seus momentos de tristeza, quando pelo fato de pessoas (não do bem), no momento de suas euforias e de torcida, levam a tantas catástrofes, ocorrendo até mortes de torcedores, o que é uma lástima, assim se dando não se sabe se por falta de segurança, por negligência das Autoridades, ou se por falta de civilidade de quem frequenta os campos de futebol.
O futebol hoje é um dos grandes negócios empresariais, de milionárias transações internacionais, nem sempre muito explicadas. Somam bilhões de dólares. O que não se pode deixar de analisar, a esse respeito, são o descaso e o desrespeito do Governo, quanto aos direitos do consumidor, o Estatuto do Torcedor e os direitos dos próprios empresários. A Lei Geral da Copa, quando trata dos contratos, no Brasil, junto a FIFA, deixa muito a desejar. Se se traçar um paralelo entre as empresas nacionais, em relação à responsabilidade civil, vai se constatar que há numa enorme disparidade de tratamento. Não se pode falar o mesmo, quanto às responsabilidades da FIFA, esse “Estado Supranacional”! Posto que com essa famigerada Lei da Copa, isenta a União de todas as responsabilidades, trazendo para o Brasil todas as responsabilidades por um evento DA FIFA, a ela concedendo benesses e regalias que jamais foram dadas a uma empresa brasileira um dia logrou alcançar.
Em verdade, a Copa do Mundo de 2014, vem se revelando um dos maiores eventos e o grande regalo aos torcedores brasileiros, dada a sua grande identificação com o esporte, como inicialmente ressaltado, mas, não se pode deixar de questionar, se nosso País não teria condições de realizar o mesmo evento mantendo os direitos dos torcedores, respeitando a Lei de Proteção ao Consumidor, enquanto conferisse a devida responsabilidade a quem seja efetivamente o promotor do evento, por isso titular de todos os seus resultados financeiros e de projeção mercadológica.